“O meu filho quer saber o nome das letras. Será que pode aprender a escrever antes de entrar na Escola?”Nos dias de hoje, as crianças são confrontadas diariamente com a linguagem escrita: porque vêem os pais escrever, porque ela existe nos rótulos de leite ou dos cereais, nas instruções dos brinquedos, nos nomes das ruas ou nas paragens de autocarro, no Jardim de Infância.Naturalmente curiosas, querem saber o que é, o que está escrito, que letras são aquelas.A escrita, enquanto actividade cognitiva e social, é de extrema complexidade, pelo que é fundamental, antes do ensino formal, que as crianças se apropriem da funcionalidade da escrita.Tornar explícitas as actividades do quotidiano como actividades de escrita ajuda a criança a descobrir para que serve, então, ler e escrever. Por exemplo, fazer a lista de compras do supermercado para nos lembrarmos de tudo o que precisamos, escrever a carta ao Pai Natal, ditada pela criança, ou escrever a história que inventámos em conjunto, para mais tarde lermos na hora de deitar.Em conjunto com outras actividades, como a leitura de histórias ou a leitura de rimas e lengalengas, por exemplo, a criança descobre que o que dizemos pode ser escrito; para nós e para os outros. Escrevemos para nos lembrarmos de algo, para comunicar com alguém que está distante ou para transmitir informações sobre algum assunto.Através destas experiências, a criança atribui um significado às actividades de escrita, construindo o seu projecto pessoal de leitor/escritor (Rogovas-Chauveau, 1993, cit. em Alves Martins e Niza, 1998).Fortalecendo laços afectivos positivos e sem ensinarmos os nossos filhos a escrever, estamos, em conjunto com o Jardim de Infância, a criar condições para que a aprendizagem formal da Escrita e da Leitura se processe com maiores probabilidades de sucesso!
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